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Greve na CAIXA ganha força e direção da Empresa começa a se preocupar com as consequências da paralisação

04/05/09

A greve dos engenheiros, arquitetos e advogados da CAIXA segue forte em todo o País. Em Natal, onde a adesão é de 100%, os trabalhadores fizeram um novo piquete nesta segunda-feira, em frente ao Jurídico Regional, em Lagoa Nova. No Ato Público, que contou com o apoio do Sindicato dos Bancários, os manifestantes denunciaram mais uma vez o descumprimento do acordo coletivo pela CAIXA. A categoria se reúne em assembleia, a partir das 16h, na sede do Sindicato. A expectativa é de que ainda hoje haja uma rodada de negociação em Brasília.

A categoria luta pela reestruturação salarial que prevê equiparação com o salário de mercado das categorias que desempenham funções correlatas dentro da iniciativa pública e privada. A CAIXA chegou a propor um reajuste indecente de R$ 70 no início das negociações. A proposta irritou os trabalhadores, que se sentiram humilhados pela Empresa. Na última proposta feita pela CAIXA, o salário mais alto pago a um advogado equivaleria ao salário inicial de um advogado do BNDES.

Segundo o representante regional da Associação Nacional dos Engenheiros da CAIXA (Aneac), Jorge Ricardo, a presidenta da CAIXA, Maria Fernanda Coelho, foi questionada a respeito da greve. “A Maria Fernanda preferiu o silêncio, não disse absolutamente nada. Sabe que nossa greve está forte porque é justa. Queremos que a CAIXA cumpra o que foi assinado”, afirmou.

Representante da Conlutas, a bancária da CAIXA, Marta Turra prestou solidariedade aos trabalhadores. “O movimento é justo. Por isso, todo mundo tem que aderir a essa greve. A CAIXA tem que respeitar os trabalhadores, não pode rasgar o acordo coletivo dessa forma”, disse a sindicalista.

Em nome do Sindicato dos Bancários, Marcelo Tinôco lembrou o escândalo das passagens aéreas para cobrar respeito da Empresa. “Eles dizem que não há dinheiro para pagar os funcionários, mas tem dinheiro para deputado levar esposa, sogra e até amante para o exterior com tudo pago pela população. A que ponto chegamos! Estamos em greve para exigir o cumprimento de um acordo que já foi assinado. E vamos até o fim”, ressaltou.