Copom anuncia no fim do dia a nova taxa básica de juros da economia brasileira; expectativa é de corte de 0,5 ponto


SÃO PAULO - Encerra-se hoje a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. Nos últimos dois encontros, houve corte de 0,5 ponto porcentual, decisão que o mercado acredita que irá se repetir nesta noite. Mas, mesmo com o corte que pode ser anunciado hoje, o País continua na liderançado ranking de juros reais entre 40 países pesquisados, segundo cálculos feitos pela Cruzeiro do Sul Corretora, em parceria com a Weisul Agrícola. 


Pelo levantamento feito pelos analistas Jason Vieira e Thiago Davino, seria necessário que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 3,50 pontos porcentuais na reunião de hoje para que o País abandonasse o topo da lista. Ou seja, nem o corte de 0,50 pontos porcentuais, esperado pela ampla maioria dos analistas, ou mesmo uma redução mais ousada, de 1 ponto, seria suficiente para retirar os juros brasileiros da incômoda posição de liderança.


Considerando-se uma Selic já em 11,00% ao ano, o Brasil encabeçaria o ranking de juros reais, com uma taxa de 5,1%. Na segunda colocação e bem atrás da posição nacional de liderança, apareceria a Hungria, com 2,5%. Ontem, o banco central húngaro elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde janeiro, de 6,00% para 6,50%, conforme esperado.


Na segunda-feira, o mercado financeiro apontou na pesquisa Focus, do Banco Central, que o juro deverá ser cortado novamente em 0,50 ponto porcentual. A pesquisa semanal mostrou que foi mantida a expectativa de que a taxa deve fechar 2011 em 11% anuais, ante os 11,50% registrados atualmente. Essa previsão é mantida há 11 semanas.


Economistas também mantiveram a previsão de que o juro deve fechar 2012 em 10%, o que mostra que o mercado segue com a aposta de que o Copom deve reduzir o juro básico da economia em um ponto porcentual no decorrer do próximo ano. Um mês atrás, analistas esperavam corte menor, de 0,50 ponto em 2012.


A Selic é uma taxa referencial de juro definida pelo Banco Central em reuniões periódicas. A grooso modo, sempre que o governo precisa de dinheiro, ele paga a taxa Selic para captar recursos.


O colegiado do Copom é formado pelos oito membros da diretoria e o presidente do BC. O calendário das reuniões é divulgado sempre ao final de cada ano. Nos últimos anos, tem havido oito encontros, a cada 40 dias.


Ranking


Empatados em terceiro lugar no ranking de juros reais nessa mesma projeção estão Indonésia e Chile, com 1,5% de juro real cada. O México fecha a lista dos Top 5 com 1,3%.


A China é o primeiro país entre os Brics a aparecer na lista, com um taxa de juro real de 1,0%. O gigante asiático aparece empatado com outro emergente, a Rússia. O primeiro país desenvolvido a aparecer na lista é o Japão, na 11ª posição, com juro real de 0,3%.


"Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo", afirma Vieira, em relatório. Ele destaca que o País supera, inclusive, a Venezuela, o maior pagador nominal da atualidade, que tem uma taxa de juro de 18,30% ao ano. A exceção ficaria para um improvável corte de 3,50 pontos porcentuais na Selic hoje, o que deixaria o juro real brasileiro com uma taxa de 2,3%.


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Copom anuncia no fim do dia a nova taxa básica de juros da economia brasileira; expectativa é de corte de 0,5 ponto


SÃO PAULO - Encerra-se hoje a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. Nos últimos dois encontros, houve corte de 0,5 ponto porcentual, decisão que o mercado acredita que irá se repetir nesta noite. Mas, mesmo com o corte que pode ser anunciado hoje, o País continua na liderançado ranking de juros reais entre 40 países pesquisados, segundo cálculos feitos pela Cruzeiro do Sul Corretora, em parceria com a Weisul Agrícola. 


Pelo levantamento feito pelos analistas Jason Vieira e Thiago Davino, seria necessário que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 3,50 pontos porcentuais na reunião de hoje para que o País abandonasse o topo da lista. Ou seja, nem o corte de 0,50 pontos porcentuais, esperado pela ampla maioria dos analistas, ou mesmo uma redução mais ousada, de 1 ponto, seria suficiente para retirar os juros brasileiros da incômoda posição de liderança.


Considerando-se uma Selic já em 11,00% ao ano, o Brasil encabeçaria o ranking de juros reais, com uma taxa de 5,1%. Na segunda colocação e bem atrás da posição nacional de liderança, apareceria a Hungria, com 2,5%. Ontem, o banco central húngaro elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde janeiro, de 6,00% para 6,50%, conforme esperado.


Na segunda-feira, o mercado financeiro apontou na pesquisa Focus, do Banco Central, que o juro deverá ser cortado novamente em 0,50 ponto porcentual. A pesquisa semanal mostrou que foi mantida a expectativa de que a taxa deve fechar 2011 em 11% anuais, ante os 11,50% registrados atualmente. Essa previsão é mantida há 11 semanas.


Economistas também mantiveram a previsão de que o juro deve fechar 2012 em 10%, o que mostra que o mercado segue com a aposta de que o Copom deve reduzir o juro básico da economia em um ponto porcentual no decorrer do próximo ano. Um mês atrás, analistas esperavam corte menor, de 0,50 ponto em 2012.


A Selic é uma taxa referencial de juro definida pelo Banco Central em reuniões periódicas. A grooso modo, sempre que o governo precisa de dinheiro, ele paga a taxa Selic para captar recursos.


O colegiado do Copom é formado pelos oito membros da diretoria e o presidente do BC. O calendário das reuniões é divulgado sempre ao final de cada ano. Nos últimos anos, tem havido oito encontros, a cada 40 dias.


Ranking


Empatados em terceiro lugar no ranking de juros reais nessa mesma projeção estão Indonésia e Chile, com 1,5% de juro real cada. O México fecha a lista dos Top 5 com 1,3%.


A China é o primeiro país entre os Brics a aparecer na lista, com um taxa de juro real de 1,0%. O gigante asiático aparece empatado com outro emergente, a Rússia. O primeiro país desenvolvido a aparecer na lista é o Japão, na 11ª posição, com juro real de 0,3%.


"Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo", afirma Vieira, em relatório. Ele destaca que o País supera, inclusive, a Venezuela, o maior pagador nominal da atualidade, que tem uma taxa de juro de 18,30% ao ano. A exceção ficaria para um improvável corte de 3,50 pontos porcentuais na Selic hoje, o que deixaria o juro real brasileiro com uma taxa de 2,3%.


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Notícias

Mesmo com corte na Selic hoje, Brasil continua na liderança do juro

30/11/11

Copom anuncia no fim do dia a nova taxa básica de juros da economia brasileira; expectativa é de corte de 0,5 ponto


SÃO PAULO - Encerra-se hoje a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira. Nos últimos dois encontros, houve corte de 0,5 ponto porcentual, decisão que o mercado acredita que irá se repetir nesta noite. Mas, mesmo com o corte que pode ser anunciado hoje, o País continua na liderançado ranking de juros reais entre 40 países pesquisados, segundo cálculos feitos pela Cruzeiro do Sul Corretora, em parceria com a Weisul Agrícola. 


Pelo levantamento feito pelos analistas Jason Vieira e Thiago Davino, seria necessário que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 3,50 pontos porcentuais na reunião de hoje para que o País abandonasse o topo da lista. Ou seja, nem o corte de 0,50 pontos porcentuais, esperado pela ampla maioria dos analistas, ou mesmo uma redução mais ousada, de 1 ponto, seria suficiente para retirar os juros brasileiros da incômoda posição de liderança.


Considerando-se uma Selic já em 11,00% ao ano, o Brasil encabeçaria o ranking de juros reais, com uma taxa de 5,1%. Na segunda colocação e bem atrás da posição nacional de liderança, apareceria a Hungria, com 2,5%. Ontem, o banco central húngaro elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde janeiro, de 6,00% para 6,50%, conforme esperado.


Na segunda-feira, o mercado financeiro apontou na pesquisa Focus, do Banco Central, que o juro deverá ser cortado novamente em 0,50 ponto porcentual. A pesquisa semanal mostrou que foi mantida a expectativa de que a taxa deve fechar 2011 em 11% anuais, ante os 11,50% registrados atualmente. Essa previsão é mantida há 11 semanas.


Economistas também mantiveram a previsão de que o juro deve fechar 2012 em 10%, o que mostra que o mercado segue com a aposta de que o Copom deve reduzir o juro básico da economia em um ponto porcentual no decorrer do próximo ano. Um mês atrás, analistas esperavam corte menor, de 0,50 ponto em 2012.


A Selic é uma taxa referencial de juro definida pelo Banco Central em reuniões periódicas. A grooso modo, sempre que o governo precisa de dinheiro, ele paga a taxa Selic para captar recursos.


O colegiado do Copom é formado pelos oito membros da diretoria e o presidente do BC. O calendário das reuniões é divulgado sempre ao final de cada ano. Nos últimos anos, tem havido oito encontros, a cada 40 dias.


Ranking


Empatados em terceiro lugar no ranking de juros reais nessa mesma projeção estão Indonésia e Chile, com 1,5% de juro real cada. O México fecha a lista dos Top 5 com 1,3%.


A China é o primeiro país entre os Brics a aparecer na lista, com um taxa de juro real de 1,0%. O gigante asiático aparece empatado com outro emergente, a Rússia. O primeiro país desenvolvido a aparecer na lista é o Japão, na 11ª posição, com juro real de 0,3%.


"Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, inclusive a do Brasil, o país ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo", afirma Vieira, em relatório. Ele destaca que o País supera, inclusive, a Venezuela, o maior pagador nominal da atualidade, que tem uma taxa de juro de 18,30% ao ano. A exceção ficaria para um improvável corte de 3,50 pontos porcentuais na Selic hoje, o que deixaria o juro real brasileiro com uma taxa de 2,3%.