Objetivo do encontro promovido pela Frente Nacional de Oposição Bancária é criar uma alternativa aos bancários contrários à Contraf-CUT.
São Luís sediou, neste fim de semana (17 e 18/12), o III Encontro Nacional das Oposições Bancárias. O evento foi realizado na sede do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) e contou com a presença de diversas oposições, entidades e sindicatos do país.
O objetivo do encontro - promovido pela Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) - é a consolidação de uma alternativa unificada para os bancários brasileiros que não concordam com a política patronal adotada pela Contraf-CUT nas campanhas salariais da categoria.
O presidente do SEEB-MA, José Maria Nascimento, afirmou que o resultado do encontro foi positivo, pois além de ampliar a resistência e a oposição ao modelo cutista de fazer sindicalismo, mostrou que já existe uma nova estrutura de luta que defende os trabalhadores.
Para Marta Turra, coordenadora do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte (SEEB-RN), o encontro fortaleceu ainda mais a unidade da oposição. “O mais importante é que tivemos consenso em nossas resoluções. Isso marca o início de uma caminhada para mudar a história das lutas dos bancários do Brasil” – avaliou.
Matheus Crespo, dos Bancários de Base do Rio Grande do Sul, acrescentou que essa alternativa está sendo feita por bancários para bancários, sem a presença de ministros, partidos ou personalidades do governo, "o que enche a categoria de orgulho e reforça a possibilidade de mudança da realidade dos trabalhadores do país" - afirmou.
De acordo com o diretor do SEEB-MA, Eloy Natan, as discussões foram muito importantes para a elaboração de políticas de combate aos governos e aos banqueiros que, há anos, estão tentando ceifar uma série de conquistas históricas dos bancários" – completou.
O diretor de comunicação da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB), Dorisval de Lima, ressaltou que é louvável a iniciativa da oposição em resgatar a democracia, a ampla participação da base e a riqueza do debate, pois “a Contraf-CUT sucumbiu essa possibilidade e passou a militar pela política patronal” - destacou.
Dorisval disse ainda que, a partir de agora, essas discussões democráticas devem ser levadas paras as bases de cada Estado para preparar a categoria. Só assim, os bancários e demais trabalhadores voltarão a obter conquistas reais e o movimento sindical voltará a ser vitorioso no Brasil.
CONFIRA AS RESOLUÇÕES DO ENCONTRO
