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Servidores do INSS em GREVE DE FOME recebem solidariedade dos bancários e da população do RN

24/07/09

Os seis servidores do INSS em greve de fome há cinco dias receberam a solidariedade do movimento sindical, político e social do Rio Grande do Norte durante Ato Público promovido pela Conlutas na manhã desta sexta-feira, 24 de julho, em frente a matriz do INSS, na rua Apodi, Petrópolis. Os bancários foram representados na manifestação pelo diretor de saúde do Sindicato, Robério Paiva. O sindicalista demonstrou toda a indignação da sociedade com o assalto do governo Lula ao bolso dos trabalhadores. Os servidores do INSS, no RN, conquistaram, há 15 anos, na Justiça, a incorporação de 84,32% de abono referente às perdas salariais do governo Sarney. Uma medida judicial do Governo Lula, no entanto, retirou o direito conquistado dos trabalhadores. “Uma vergonha o que esse governo faz com esses pais de família do INSS ao roubar do contracheque um direito conquistado há 15 anos. O Sindicato dos Bancários se solidariza com os companheiros e se coloca à disposição da categoria para o que for preciso”, afirmou.

Representando a Conlutas, o também bancário Marcos Tinôco lembrou que o Ato Público conseguiu dar a visibilidade que o movimento não tinha até então. “Queríamos com esse protesto chamar a atenção da população para o problema seríssimo enfrentado pelos trabalhadores do INSS. A imprensa veio, deu a cobertura que o evento merece e quanto mais apoios conseguirmos, mais rápido chegaremos à vitória, que é a reincorporação desses 84,32% nos contracheques dos servidores”, afirmou.

Há funcionários do INSS que receberam o contracheque negativo este mês. Para o funcionário do INSS, Manoel Moura, um dos seis funcionários que enfrentam a greve de fome, essa atitude do Governo Lula se compara ao que Hitler e Mussolini fizeram na Alemanha e Itália, respectivamente. “Isso é um massacre contra os trabalhadores. Lula quer matar de fome 1.003 famílias no RN que dependem desse dinheiro. Eu não quis nem ver meu contracheque este mês para não piorar meu quadro. Estamos debilitados, mas vamos até o fim”, afirmou o heróico grevista.