A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 1,617 bilhão apenas no quarto trimestre do ano passado, mantendo sua trajetória de crescimento vertiginoso do lucro nos últimos anos. No ano de 2011, o lucro cresceu 37,7% a mais que no ano anterior e alcançou R$ 5,183 bilhões.
Segundo o balanço divulgado, o saldo da carteira de crédito da Caixa cresceu 42%, totalizando R$ 249,5 bilhões no fim de 2011. A carteira imobiliária apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões, aumento de 41,1% sobre o encerramento do ano anterior. Os resultados do crédito mostram que foi o endividamento da população, muitas vezes através de empréstimos que a qualquer momento podem deixar de ser pagos, que puxou o lucro da Caixa para cima.
Os juros exorbitantes que acabam comprometendo todo o orçamento dos clientes e a concessão de limites e financiamentos irresponsáveis produzem um belo resultado a curto prazo, mas podem representar uma enorme bolha prestes a estourar no futuro. A inadimplência imobiliária, em financiamentos de veículos, empréstimos para material de construção (Construcard) e outros têm crescido na mesma velocidade que se ampliam os negócios. Da mesma maneira, os consignados em até 120 meses e os enormes aumentos de um dia para o outro de limites de crédito às empresas, no cartão de crédito e cheque especial, vão cobrar seu preço. Mas nada disso é divulgado...
De maneira imediata, o que importa é veicular que os ativos administrados pela Caixa Econômica Federal totalizaram R$ 1 trilhão em 2011, sendo R$ 510 bilhões em ativos próprios. São números muito expressivos, realmente. Mas os funcionários da CEF, que são os verdadeiros responsáveis por este resultado, estão ganhando cada vez menos.
Com a aposentadoria forçada dos funcionários mais antigos e a contratação de funcionários novos sem muitos dos direitos garantidos anteriormente, o governo Dilma e a administração da CEF nomeada por ele economizam com a suspensão da licença-prêmio, dos anuênios e com salários baixíssimos, cujo valor de ingresso é de pouco mais de R$ 1800.
O lucro do banco dividido pelo número de funcionários dá um valor per capita de R$ 60 mil, já descontados todos os custos do banco, incluindo os próprios salários, os direitos trabalhistas, os impostos, os gastos com agências, seguranças, etc. É a este resultado que chegamos com a divisão do lucro líquido total pelos cerca de 87 mil funcionários. Ou seja, os funcionários, com seu trabalho, pagam a si mesmos, à estrutura toda do banco, suas propagandas na TV, impostos e etc., e, depois disso, ainda restam R$ 60 mil de lucro líquido por cada empregado.
Deste valor incrível, porém, uma média de R$ 8 mil é que é distribuída aos funcionários. Os outros mais de R$ 50 mil por funcionário são a exploração absoluta a que os empregados são submetidos todos os dias, adoecendo, “enlouquecendo” e tendo uma qualidade de vida cada vez mais deteriorada.
No final, a CEF “100% estatal, pública e social” faz o que qualquer outro banqueiro parasita, nacional ou estrangeiro, também faz: tem lucros escandalosos à base da superexploração de seus trabalhadores e de escorchar os clientes.
Nós defendemos que o sistema financeiro passe a servir aos interesses da população, através de investimentos sociais e que beneficiem o coletivo, como a habitação popular e o crédito barato aos trabalhadores. Somos contra as tarifas bancárias, que cobram uma segunda vez daqueles que já dão lucro por serem clientes – e todos damos lucro só pelo fato de sermos clientes.
Um banco público como a CEF tem que possuir juros realmente mais baixos que os demais em todos os segmentos e atuar de modo a ser de fato voltado ao interesse público. Isso significa eliminar imediatamente toda a privatização interna que há na CEF, por meio de correspondentes de todos os tipos, alguns sendo verdadeiros “donos das agências”, ganhando por mês o que um funcionário não ganha num ano.
Hoje, os pobres são mandados embora das agências, sendo expulsos para as lotéricas, ou tendo negadas suas solicitações. “Segmentos” voltados à alta renda absorvem o grosso da mão-de-obra do banco, como qualquer Itaú e Bradesco fazem, e a Caixa está virando mais um banco como qualquer outro.
Por outro lado, funcionários que fazem o mesmo serviço recebem um a metade do outro, porque a isonomia é um conceito que não existe entre os empregados. Os funcionários terceirizados da CEF, das áreas de segurança, limpeza, copa, recepção, etc., são ainda mais discriminados, recebendo valores degradantes, muitas vezes tendo os salários atrasados ou simplesmente não pagos (por conta das empresas-fantasma que a CEF contrata) e podendo ser demitidos a qualquer momento.
Por isso, defendemos a reestatização total da CEF, com o fim das terceirizações e privatização branca por meio dos correspondentes; o fim das empresas terceirizadas de funcionários (todos que trabalham na CEF devem ser funcionários próprios, com todos os direitos, liberdade de organização e dissídio coletivo em conjunto com os demais bancários); e a adoção de um viés realmente a serviço da maioria da população.
O lucro da CEF, que deveria poder ser comemorado, infelizmente, é uma boa notícia apenas ao governo Dilma, que usará tais recursos para futuras negociatas, como a compra do Banco PanAmericano do Sílvio Santos; ou para os empresários que lucram fortunas sem esforço nenhum, usando empregados, prestígio, estrutura e clientes do banco que deveria ser público.
Segundo o balanço divulgado, o saldo da carteira de crédito da Caixa cresceu 42%, totalizando R$ 249,5 bilhões no fim de 2011. A carteira imobiliária apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões, aumento de 41,1% sobre o encerramento do ano anterior. Os resultados do crédito mostram que foi o endividamento da população, muitas vezes através de empréstimos que a qualquer momento podem deixar de ser pagos, que puxou o lucro da Caixa para cima.
Os juros exorbitantes que acabam comprometendo todo o orçamento dos clientes e a concessão de limites e financiamentos irresponsáveis produzem um belo resultado a curto prazo, mas podem representar uma enorme bolha prestes a estourar no futuro. A inadimplência imobiliária, em financiamentos de veículos, empréstimos para material de construção (Construcard) e outros têm crescido na mesma velocidade que se ampliam os negócios. Da mesma maneira, os consignados em até 120 meses e os enormes aumentos de um dia para o outro de limites de crédito às empresas, no cartão de crédito e cheque especial, vão cobrar seu preço. Mas nada disso é divulgado...
De maneira imediata, o que importa é veicular que os ativos administrados pela Caixa Econômica Federal totalizaram R$ 1 trilhão em 2011, sendo R$ 510 bilhões em ativos próprios. São números muito expressivos, realmente. Mas os funcionários da CEF, que são os verdadeiros responsáveis por este resultado, estão ganhando cada vez menos.
Com a aposentadoria forçada dos funcionários mais antigos e a contratação de funcionários novos sem muitos dos direitos garantidos anteriormente, o governo Dilma e a administração da CEF nomeada por ele economizam com a suspensão da licença-prêmio, dos anuênios e com salários baixíssimos, cujo valor de ingresso é de pouco mais de R$ 1800.
O lucro do banco dividido pelo número de funcionários dá um valor per capita de R$ 60 mil, já descontados todos os custos do banco, incluindo os próprios salários, os direitos trabalhistas, os impostos, os gastos com agências, seguranças, etc. É a este resultado que chegamos com a divisão do lucro líquido total pelos cerca de 87 mil funcionários. Ou seja, os funcionários, com seu trabalho, pagam a si mesmos, à estrutura toda do banco, suas propagandas na TV, impostos e etc., e, depois disso, ainda restam R$ 60 mil de lucro líquido por cada empregado.
Deste valor incrível, porém, uma média de R$ 8 mil é que é distribuída aos funcionários. Os outros mais de R$ 50 mil por funcionário são a exploração absoluta a que os empregados são submetidos todos os dias, adoecendo, “enlouquecendo” e tendo uma qualidade de vida cada vez mais deteriorada.
No final, a CEF “100% estatal, pública e social” faz o que qualquer outro banqueiro parasita, nacional ou estrangeiro, também faz: tem lucros escandalosos à base da superexploração de seus trabalhadores e de escorchar os clientes.
Nós defendemos que o sistema financeiro passe a servir aos interesses da população, através de investimentos sociais e que beneficiem o coletivo, como a habitação popular e o crédito barato aos trabalhadores. Somos contra as tarifas bancárias, que cobram uma segunda vez daqueles que já dão lucro por serem clientes – e todos damos lucro só pelo fato de sermos clientes.
Um banco público como a CEF tem que possuir juros realmente mais baixos que os demais em todos os segmentos e atuar de modo a ser de fato voltado ao interesse público. Isso significa eliminar imediatamente toda a privatização interna que há na CEF, por meio de correspondentes de todos os tipos, alguns sendo verdadeiros “donos das agências”, ganhando por mês o que um funcionário não ganha num ano.
Hoje, os pobres são mandados embora das agências, sendo expulsos para as lotéricas, ou tendo negadas suas solicitações. “Segmentos” voltados à alta renda absorvem o grosso da mão-de-obra do banco, como qualquer Itaú e Bradesco fazem, e a Caixa está virando mais um banco como qualquer outro.
Por outro lado, funcionários que fazem o mesmo serviço recebem um a metade do outro, porque a isonomia é um conceito que não existe entre os empregados. Os funcionários terceirizados da CEF, das áreas de segurança, limpeza, copa, recepção, etc., são ainda mais discriminados, recebendo valores degradantes, muitas vezes tendo os salários atrasados ou simplesmente não pagos (por conta das empresas-fantasma que a CEF contrata) e podendo ser demitidos a qualquer momento.
Por isso, defendemos a reestatização total da CEF, com o fim das terceirizações e privatização branca por meio dos correspondentes; o fim das empresas terceirizadas de funcionários (todos que trabalham na CEF devem ser funcionários próprios, com todos os direitos, liberdade de organização e dissídio coletivo em conjunto com os demais bancários); e a adoção de um viés realmente a serviço da maioria da população.
O lucro da CEF, que deveria poder ser comemorado, infelizmente, é uma boa notícia apenas ao governo Dilma, que usará tais recursos para futuras negociatas, como a compra do Banco PanAmericano do Sílvio Santos; ou para os empresários que lucram fortunas sem esforço nenhum, usando empregados, prestígio, estrutura e clientes do banco que deveria ser público.
A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 1,617 bilhão apenas no quarto trimestre do ano passado, mantendo sua trajetória de crescimento vertiginoso do lucro nos últimos anos. No ano de 2011, o lucro cresceu 37,7% a mais que no ano anterior e alcançou R$ 5,183 bilhões.
Segundo o balanço divulgado, o saldo da carteira de crédito da Caixa cresceu 42%, totalizando R$ 249,5 bilhões no fim de 2011. A carteira imobiliária apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões, aumento de 41,1% sobre o encerramento do ano anterior. Os resultados do crédito mostram que foi o endividamento da população, muitas vezes através de empréstimos que a qualquer momento podem deixar de ser pagos, que puxou o lucro da Caixa para cima.
Os juros exorbitantes que acabam comprometendo todo o orçamento dos clientes e a concessão de limites e financiamentos irresponsáveis produzem um belo resultado a curto prazo, mas podem representar uma enorme bolha prestes a estourar no futuro. A inadimplência imobiliária, em financiamentos de veículos, empréstimos para material de construção (Construcard) e outros têm crescido na mesma velocidade que se ampliam os negócios. Da mesma maneira, os consignados em até 120 meses e os enormes aumentos de um dia para o outro de limites de crédito às empresas, no cartão de crédito e cheque especial, vão cobrar seu preço. Mas nada disso é divulgado...
De maneira imediata, o que importa é veicular que os ativos administrados pela Caixa Econômica Federal totalizaram R$ 1 trilhão em 2011, sendo R$ 510 bilhões em ativos próprios. São números muito expressivos, realmente. Mas os funcionários da CEF, que são os verdadeiros responsáveis por este resultado, estão ganhando cada vez menos.
Com a aposentadoria forçada dos funcionários mais antigos e a contratação de funcionários novos sem muitos dos direitos garantidos anteriormente, o governo Dilma e a administração da CEF nomeada por ele economizam com a suspensão da licença-prêmio, dos anuênios e com salários baixíssimos, cujo valor de ingresso é de pouco mais de R$ 1800.
O lucro do banco dividido pelo número de funcionários dá um valor per capita de R$ 60 mil, já descontados todos os custos do banco, incluindo os próprios salários, os direitos trabalhistas, os impostos, os gastos com agências, seguranças, etc. É a este resultado que chegamos com a divisão do lucro líquido total pelos cerca de 87 mil funcionários. Ou seja, os funcionários, com seu trabalho, pagam a si mesmos, à estrutura toda do banco, suas propagandas na TV, impostos e etc., e, depois disso, ainda restam R$ 60 mil de lucro líquido por cada empregado.
Deste valor incrível, porém, uma média de R$ 8 mil é que é distribuída aos funcionários. Os outros mais de R$ 50 mil por funcionário são a exploração absoluta a que os empregados são submetidos todos os dias, adoecendo, “enlouquecendo” e tendo uma qualidade de vida cada vez mais deteriorada.
No final, a CEF “100% estatal, pública e social” faz o que qualquer outro banqueiro parasita, nacional ou estrangeiro, também faz: tem lucros escandalosos à base da superexploração de seus trabalhadores e de escorchar os clientes.
Nós defendemos que o sistema financeiro passe a servir aos interesses da população, através de investimentos sociais e que beneficiem o coletivo, como a habitação popular e o crédito barato aos trabalhadores. Somos contra as tarifas bancárias, que cobram uma segunda vez daqueles que já dão lucro por serem clientes – e todos damos lucro só pelo fato de sermos clientes.
Um banco público como a CEF tem que possuir juros realmente mais baixos que os demais em todos os segmentos e atuar de modo a ser de fato voltado ao interesse público. Isso significa eliminar imediatamente toda a privatização interna que há na CEF, por meio de correspondentes de todos os tipos, alguns sendo verdadeiros “donos das agências”, ganhando por mês o que um funcionário não ganha num ano.
Hoje, os pobres são mandados embora das agências, sendo expulsos para as lotéricas, ou tendo negadas suas solicitações. “Segmentos” voltados à alta renda absorvem o grosso da mão-de-obra do banco, como qualquer Itaú e Bradesco fazem, e a Caixa está virando mais um banco como qualquer outro.
Por outro lado, funcionários que fazem o mesmo serviço recebem um a metade do outro, porque a isonomia é um conceito que não existe entre os empregados. Os funcionários terceirizados da CEF, das áreas de segurança, limpeza, copa, recepção, etc., são ainda mais discriminados, recebendo valores degradantes, muitas vezes tendo os salários atrasados ou simplesmente não pagos (por conta das empresas-fantasma que a CEF contrata) e podendo ser demitidos a qualquer momento.
Por isso, defendemos a reestatização total da CEF, com o fim das terceirizações e privatização branca por meio dos correspondentes; o fim das empresas terceirizadas de funcionários (todos que trabalham na CEF devem ser funcionários próprios, com todos os direitos, liberdade de organização e dissídio coletivo em conjunto com os demais bancários); e a adoção de um viés realmente a serviço da maioria da população.
O lucro da CEF, que deveria poder ser comemorado, infelizmente, é uma boa notícia apenas ao governo Dilma, que usará tais recursos para futuras negociatas, como a compra do Banco PanAmericano do Sílvio Santos; ou para os empresários que lucram fortunas sem esforço nenhum, usando empregados, prestígio, estrutura e clientes do banco que deveria ser público.