Fonte:Na Trincheira 209 (7/3/2012)

Temor é que a guerra entre diretores faça surgir dossiês comprometedores

O poder conquistado por Bendine na instituição, com aval de Mantega, ressuscitou uma insatisfação em petistas de peso como os paulistas Ricardo Berzoini, Luiz Gushiken e João Vaccari.

Após as denúncias de irregularidades na Casa da Moeda e na Caixa Econômica Federal, o ministro Guido Mantega (Fazenda) enfrenta um novo foco de crise que ameaça a sua área: a disputa de poder no Banco do Brasil.

A queda de braço envolve, de um lado, o presidente do BB, Aldemir Bendine, homem de confiança de Mantega e de Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Do outro, Ricardo Flores, o presidente do poderoso fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ, a quem Bendine acusa de querer derrubá-lo do cargo.

Em disputas paralelas, estão ainda alguns setores do PT que comandavam áreas do banco e foram escanteados após a chegada de Bendine. O presidente do BB e Flores não se falam há quase um ano. A Previ cuida das aposentadorias dos funcionários do BB e é responsável por investimentos bilionários. O grupo de Flores alega que o real interesse de Bendine é nomear um aliado no comando do fundo.

O rompimento vem de 2011, quando chegou ao conhecimento do Planalto que Bendine ambicionava ser indicado para o comando da Vale.

Só que Flores, presidente do conselho de administração da mineradora, não chancelou seu nome.

No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas.

Um dos alvos recentes de acusação apócrifa foi Allan Simões Toledo, ex-vice-presidente de Atacado e Negócios Internacionais do BB. Ele foi exonerado em dezembro por ordem de Mantega.

Levado ao cargo por Bendine, teria saído por articulação do próprio padrinho. Para o grupo do presidente do BB, Allan Toledo trabalhava para tomar seu lugar no comando do BB. Tradicionalmente, executivos da instituição costumam pedir demissão, mesmo nos casos mais críticos, para evitar a ideia de dissenso. A demissão foi a primeira sinalização pública da briga.

Neste ano, Bendine substituiu, em bloco, 13 diretores. Oito deles, porém, mudaram de função, o que ajudou a diluir o impacto da troca de adversário do presidente.

Quando assumiu o banco, em abril de 2009, Bendine negociou pessoalmente com o ex-presidente Lula a troca de seis vice-presidentes numa tacada só. Quatro saíram do banco e dois foram mantidos, mas mudaram de função, entre eles, Flores e Toledo. Parte da oposição a ele vem justamente dessas mudanças.

Curiosamente, a Contraf/CUT apoia o grupo de Flores, da Previ. Hoje a Previ é refúgio de vários ex-sindicalistas petistas e cutistas por isso essa defesa intransigente. O fisiologismo hoje é marca registrada da Contraf-CUT.


"> Fonte:Na Trincheira 209 (7/3/2012)

Temor é que a guerra entre diretores faça surgir dossiês comprometedores

O poder conquistado por Bendine na instituição, com aval de Mantega, ressuscitou uma insatisfação em petistas de peso como os paulistas Ricardo Berzoini, Luiz Gushiken e João Vaccari.

Após as denúncias de irregularidades na Casa da Moeda e na Caixa Econômica Federal, o ministro Guido Mantega (Fazenda) enfrenta um novo foco de crise que ameaça a sua área: a disputa de poder no Banco do Brasil.

A queda de braço envolve, de um lado, o presidente do BB, Aldemir Bendine, homem de confiança de Mantega e de Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Do outro, Ricardo Flores, o presidente do poderoso fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ, a quem Bendine acusa de querer derrubá-lo do cargo.

Em disputas paralelas, estão ainda alguns setores do PT que comandavam áreas do banco e foram escanteados após a chegada de Bendine. O presidente do BB e Flores não se falam há quase um ano. A Previ cuida das aposentadorias dos funcionários do BB e é responsável por investimentos bilionários. O grupo de Flores alega que o real interesse de Bendine é nomear um aliado no comando do fundo.

O rompimento vem de 2011, quando chegou ao conhecimento do Planalto que Bendine ambicionava ser indicado para o comando da Vale.

Só que Flores, presidente do conselho de administração da mineradora, não chancelou seu nome.

No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas.

Um dos alvos recentes de acusação apócrifa foi Allan Simões Toledo, ex-vice-presidente de Atacado e Negócios Internacionais do BB. Ele foi exonerado em dezembro por ordem de Mantega.

Levado ao cargo por Bendine, teria saído por articulação do próprio padrinho. Para o grupo do presidente do BB, Allan Toledo trabalhava para tomar seu lugar no comando do BB. Tradicionalmente, executivos da instituição costumam pedir demissão, mesmo nos casos mais críticos, para evitar a ideia de dissenso. A demissão foi a primeira sinalização pública da briga.

Neste ano, Bendine substituiu, em bloco, 13 diretores. Oito deles, porém, mudaram de função, o que ajudou a diluir o impacto da troca de adversário do presidente.

Quando assumiu o banco, em abril de 2009, Bendine negociou pessoalmente com o ex-presidente Lula a troca de seis vice-presidentes numa tacada só. Quatro saíram do banco e dois foram mantidos, mas mudaram de função, entre eles, Flores e Toledo. Parte da oposição a ele vem justamente dessas mudanças.

Curiosamente, a Contraf/CUT apoia o grupo de Flores, da Previ. Hoje a Previ é refúgio de vários ex-sindicalistas petistas e cutistas por isso essa defesa intransigente. O fisiologismo hoje é marca registrada da Contraf-CUT.


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Notícias

Briga por cargos no BB amedronta Governo Dilma

09/03/12

Fonte:Na Trincheira 209 (7/3/2012)

Temor é que a guerra entre diretores faça surgir dossiês comprometedores

O poder conquistado por Bendine na instituição, com aval de Mantega, ressuscitou uma insatisfação em petistas de peso como os paulistas Ricardo Berzoini, Luiz Gushiken e João Vaccari.

Após as denúncias de irregularidades na Casa da Moeda e na Caixa Econômica Federal, o ministro Guido Mantega (Fazenda) enfrenta um novo foco de crise que ameaça a sua área: a disputa de poder no Banco do Brasil.

A queda de braço envolve, de um lado, o presidente do BB, Aldemir Bendine, homem de confiança de Mantega e de Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Do outro, Ricardo Flores, o presidente do poderoso fundo de pensão dos funcionários do banco, a Previ, a quem Bendine acusa de querer derrubá-lo do cargo.

Em disputas paralelas, estão ainda alguns setores do PT que comandavam áreas do banco e foram escanteados após a chegada de Bendine. O presidente do BB e Flores não se falam há quase um ano. A Previ cuida das aposentadorias dos funcionários do BB e é responsável por investimentos bilionários. O grupo de Flores alega que o real interesse de Bendine é nomear um aliado no comando do fundo.

O rompimento vem de 2011, quando chegou ao conhecimento do Planalto que Bendine ambicionava ser indicado para o comando da Vale.

Só que Flores, presidente do conselho de administração da mineradora, não chancelou seu nome.

No governo, há o temor de que uma guerra de dossiês cause crise sem precedente e respingue em outras áreas.

Um dos alvos recentes de acusação apócrifa foi Allan Simões Toledo, ex-vice-presidente de Atacado e Negócios Internacionais do BB. Ele foi exonerado em dezembro por ordem de Mantega.

Levado ao cargo por Bendine, teria saído por articulação do próprio padrinho. Para o grupo do presidente do BB, Allan Toledo trabalhava para tomar seu lugar no comando do BB. Tradicionalmente, executivos da instituição costumam pedir demissão, mesmo nos casos mais críticos, para evitar a ideia de dissenso. A demissão foi a primeira sinalização pública da briga.

Neste ano, Bendine substituiu, em bloco, 13 diretores. Oito deles, porém, mudaram de função, o que ajudou a diluir o impacto da troca de adversário do presidente.

Quando assumiu o banco, em abril de 2009, Bendine negociou pessoalmente com o ex-presidente Lula a troca de seis vice-presidentes numa tacada só. Quatro saíram do banco e dois foram mantidos, mas mudaram de função, entre eles, Flores e Toledo. Parte da oposição a ele vem justamente dessas mudanças.

Curiosamente, a Contraf/CUT apoia o grupo de Flores, da Previ. Hoje a Previ é refúgio de vários ex-sindicalistas petistas e cutistas por isso essa defesa intransigente. O fisiologismo hoje é marca registrada da Contraf-CUT.