Além dos baixíssimo salários e de uma exploração enorme de seus trabalhadores, as empresas terceirizadas dos bancos, neste caso da Caixa Econômica Federal, estão simplesmente sem pagar seus funcionários, ao menos no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul neste momento. Esta, porém, não é uma realidade rara nem isolada. São cada vez mais frequentes as empresas de limpeza, copa, ou de recrutamento de telefonistas, por exemplo, que atrasam salários, praticam arbitrariedades de todo tipo e algumas vezes chegam ao cúmulo de fechar as portas, deixando para trás uma montanha de dívidas trabalhistas e trabalhadores desamparados. Desta vez, simultaneamente, as empresas RH Service, do RN, e Cristal, do RS, não estão pagando aos seus funcionários.


A RH Service, em julho, atrasou em um mês o pagamento e, nesse mês, não tem previsão. Além de não receber o salário, também não recebem os vales-transportes. É um escândalo. A mesma empresa, em Recife teria dispensado TODOS os funcionários daquela unidade (copeira, telefonista…) até “que se resolva o problema”. Ou seja, os trabalhadores pagam com salários baixos, pagam com falta de remuneração e ainda pagam com demissão, ou dispensa, na “melhor” das hipóteses.


A Cristal, por sua vez, utilizou um fato dramático para justificar sua exploração. Por ser sediada em Santa Catarina, onde algumas cidades estão sofrendo os efeitos de enchentes, com Blumenau bastante alagada, por exemplo, a Cristal resolveu aplicar a história de que não fez os pagamentos que deve por conta dessa tragédia. É uma vergonha. Todos sabem que a empresa não é uma organização de “fundo de quintal”, que pudesse ter seus recursos perdidos com uma cheia. Ao contrário, os recursos bancários da Cristal, provenientes, entre outros, dos milhões que a empresa arrecada da CEF, estão bem guardados e foram pagos em dia. Mas o fato é que justificam com uma tragédia outra tragédia, ainda que de proporções diferentes, que é uma pessoa, na maioria das vezes mulheres, negras e pobres, com família para sustentar, ficar um mês ou quase esse período, sem receber salário. E, além de tudo, a desculpa é ainda mais esfarrapada porque a Cristal, contratada para os serviços de copa e limpeza, inúmeras vezes já atrasou salários e vales-transporte, sem qualquer desastre natural.


Tanto um como outro caso – e os inúmeros que se repetem Brasil afora – são verdadeiros absurdos, porque a Caixa é co-responsável por essa situação. Alguns funcionários, diante dessa barbaridade chegam a tentar soluções emergenciais, como cotizar dinheiro da passagem para as telefonistas e copeiras, por exemplo. Mas a solidariedade que os trabalhadores muitas vezes têm, e que nós entendemos que deve se expressar de forma coletiva, por meio de ações políticas de cobrança à CEF e às empresas, a caixa não tem de forma alguma.


Na verdade, a Caixa já sabe que estas empresas são inidôneas e exploradoras quando as contrata, tanto é que as escolhe pelo menor preço de prestação de serviços e conforme o modelo de terceirização, caracterizado pelo aviltante regime de trabalho e por salários e direitos baixíssimos. Esta opção, de deixar áreas fundamentais ao funcionamento dos bancos sob responsabilidade de empresas caça-níqueis, acaba levando a prejuízos aos clientes, insegurança e piores condições aos bancários, mas, principalmente, um sistema de trabalho vergonhoso, sob ameaças, pressões e suspensão de salários, a dezenas de milhares de servidores.


Lamentamos profundamente este total desrespeito com os trabalhadores. Estas empresas, de cujo crime a Caixa é cúmplice e co-responsável, exploram os trabalhadores e não respeitam a lei. Orientamos que os trabalhadores que não estão recebendo pelo seu trabalho não compareçam às unidades, pois quem trabalha sem receber é escravo. No entanto, essa resposta não pode ser tomada somente em âmbito individual, pois sabemos perfeitamente que, sem uma organização coletiva, a corda ssempre estoura primeiro nos mais fracos.


É preciso tentar garantir, seja por moções em assembleias, seja através de posicionamento das diretorias dos sindicatos de bancários em cujas bases tal problema ocorre, que todos os trabalhadores do sistema financeiro, em especial os bancários, que têm a maior organização, se solidarizem e exijam das Superintendências e áreas competentes da CEF a resolução imediata do problema, enquadradando a empresas descumpridoras dos contratos de trabalho e, por extensão, de prestação de serviço à Caixa.


A FNOB, através do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, dos Bancários de Base do RS, e dos demais colegas que repudiam esta situação, vamos pressionar diretamente a CEF, para que autue a empresa para imediato pagamento dos salários dos trabalhadores. Além disso, a sucessão de tais episódios Brasil afora só reforça a necessidade de pormos um fim à terceirização e garantirmos concurso público para copa/limpeza/segurança/telefonista, etc. A FNOB já tem esta bandeira e a greve que defendemos que se deflagre a partir de 22/09 deve ter este tema como parte importante das negociações que estabeleceremos.



"> Além dos baixíssimo salários e de uma exploração enorme de seus trabalhadores, as empresas terceirizadas dos bancos, neste caso da Caixa Econômica Federal, estão simplesmente sem pagar seus funcionários, ao menos no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul neste momento. Esta, porém, não é uma realidade rara nem isolada. São cada vez mais frequentes as empresas de limpeza, copa, ou de recrutamento de telefonistas, por exemplo, que atrasam salários, praticam arbitrariedades de todo tipo e algumas vezes chegam ao cúmulo de fechar as portas, deixando para trás uma montanha de dívidas trabalhistas e trabalhadores desamparados. Desta vez, simultaneamente, as empresas RH Service, do RN, e Cristal, do RS, não estão pagando aos seus funcionários.


A RH Service, em julho, atrasou em um mês o pagamento e, nesse mês, não tem previsão. Além de não receber o salário, também não recebem os vales-transportes. É um escândalo. A mesma empresa, em Recife teria dispensado TODOS os funcionários daquela unidade (copeira, telefonista…) até “que se resolva o problema”. Ou seja, os trabalhadores pagam com salários baixos, pagam com falta de remuneração e ainda pagam com demissão, ou dispensa, na “melhor” das hipóteses.


A Cristal, por sua vez, utilizou um fato dramático para justificar sua exploração. Por ser sediada em Santa Catarina, onde algumas cidades estão sofrendo os efeitos de enchentes, com Blumenau bastante alagada, por exemplo, a Cristal resolveu aplicar a história de que não fez os pagamentos que deve por conta dessa tragédia. É uma vergonha. Todos sabem que a empresa não é uma organização de “fundo de quintal”, que pudesse ter seus recursos perdidos com uma cheia. Ao contrário, os recursos bancários da Cristal, provenientes, entre outros, dos milhões que a empresa arrecada da CEF, estão bem guardados e foram pagos em dia. Mas o fato é que justificam com uma tragédia outra tragédia, ainda que de proporções diferentes, que é uma pessoa, na maioria das vezes mulheres, negras e pobres, com família para sustentar, ficar um mês ou quase esse período, sem receber salário. E, além de tudo, a desculpa é ainda mais esfarrapada porque a Cristal, contratada para os serviços de copa e limpeza, inúmeras vezes já atrasou salários e vales-transporte, sem qualquer desastre natural.


Tanto um como outro caso – e os inúmeros que se repetem Brasil afora – são verdadeiros absurdos, porque a Caixa é co-responsável por essa situação. Alguns funcionários, diante dessa barbaridade chegam a tentar soluções emergenciais, como cotizar dinheiro da passagem para as telefonistas e copeiras, por exemplo. Mas a solidariedade que os trabalhadores muitas vezes têm, e que nós entendemos que deve se expressar de forma coletiva, por meio de ações políticas de cobrança à CEF e às empresas, a caixa não tem de forma alguma.


Na verdade, a Caixa já sabe que estas empresas são inidôneas e exploradoras quando as contrata, tanto é que as escolhe pelo menor preço de prestação de serviços e conforme o modelo de terceirização, caracterizado pelo aviltante regime de trabalho e por salários e direitos baixíssimos. Esta opção, de deixar áreas fundamentais ao funcionamento dos bancos sob responsabilidade de empresas caça-níqueis, acaba levando a prejuízos aos clientes, insegurança e piores condições aos bancários, mas, principalmente, um sistema de trabalho vergonhoso, sob ameaças, pressões e suspensão de salários, a dezenas de milhares de servidores.


Lamentamos profundamente este total desrespeito com os trabalhadores. Estas empresas, de cujo crime a Caixa é cúmplice e co-responsável, exploram os trabalhadores e não respeitam a lei. Orientamos que os trabalhadores que não estão recebendo pelo seu trabalho não compareçam às unidades, pois quem trabalha sem receber é escravo. No entanto, essa resposta não pode ser tomada somente em âmbito individual, pois sabemos perfeitamente que, sem uma organização coletiva, a corda ssempre estoura primeiro nos mais fracos.


É preciso tentar garantir, seja por moções em assembleias, seja através de posicionamento das diretorias dos sindicatos de bancários em cujas bases tal problema ocorre, que todos os trabalhadores do sistema financeiro, em especial os bancários, que têm a maior organização, se solidarizem e exijam das Superintendências e áreas competentes da CEF a resolução imediata do problema, enquadradando a empresas descumpridoras dos contratos de trabalho e, por extensão, de prestação de serviço à Caixa.


A FNOB, através do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, dos Bancários de Base do RS, e dos demais colegas que repudiam esta situação, vamos pressionar diretamente a CEF, para que autue a empresa para imediato pagamento dos salários dos trabalhadores. Além disso, a sucessão de tais episódios Brasil afora só reforça a necessidade de pormos um fim à terceirização e garantirmos concurso público para copa/limpeza/segurança/telefonista, etc. A FNOB já tem esta bandeira e a greve que defendemos que se deflagre a partir de 22/09 deve ter este tema como parte importante das negociações que estabeleceremos.



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TERCEIRIZADAS DA CAIXA DÃO CALOTE EM TRABALHADORES

16/09/11

Além dos baixíssimo salários e de uma exploração enorme de seus trabalhadores, as empresas terceirizadas dos bancos, neste caso da Caixa Econômica Federal, estão simplesmente sem pagar seus funcionários, ao menos no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul neste momento. Esta, porém, não é uma realidade rara nem isolada. São cada vez mais frequentes as empresas de limpeza, copa, ou de recrutamento de telefonistas, por exemplo, que atrasam salários, praticam arbitrariedades de todo tipo e algumas vezes chegam ao cúmulo de fechar as portas, deixando para trás uma montanha de dívidas trabalhistas e trabalhadores desamparados. Desta vez, simultaneamente, as empresas RH Service, do RN, e Cristal, do RS, não estão pagando aos seus funcionários.


A RH Service, em julho, atrasou em um mês o pagamento e, nesse mês, não tem previsão. Além de não receber o salário, também não recebem os vales-transportes. É um escândalo. A mesma empresa, em Recife teria dispensado TODOS os funcionários daquela unidade (copeira, telefonista…) até “que se resolva o problema”. Ou seja, os trabalhadores pagam com salários baixos, pagam com falta de remuneração e ainda pagam com demissão, ou dispensa, na “melhor” das hipóteses.


A Cristal, por sua vez, utilizou um fato dramático para justificar sua exploração. Por ser sediada em Santa Catarina, onde algumas cidades estão sofrendo os efeitos de enchentes, com Blumenau bastante alagada, por exemplo, a Cristal resolveu aplicar a história de que não fez os pagamentos que deve por conta dessa tragédia. É uma vergonha. Todos sabem que a empresa não é uma organização de “fundo de quintal”, que pudesse ter seus recursos perdidos com uma cheia. Ao contrário, os recursos bancários da Cristal, provenientes, entre outros, dos milhões que a empresa arrecada da CEF, estão bem guardados e foram pagos em dia. Mas o fato é que justificam com uma tragédia outra tragédia, ainda que de proporções diferentes, que é uma pessoa, na maioria das vezes mulheres, negras e pobres, com família para sustentar, ficar um mês ou quase esse período, sem receber salário. E, além de tudo, a desculpa é ainda mais esfarrapada porque a Cristal, contratada para os serviços de copa e limpeza, inúmeras vezes já atrasou salários e vales-transporte, sem qualquer desastre natural.


Tanto um como outro caso – e os inúmeros que se repetem Brasil afora – são verdadeiros absurdos, porque a Caixa é co-responsável por essa situação. Alguns funcionários, diante dessa barbaridade chegam a tentar soluções emergenciais, como cotizar dinheiro da passagem para as telefonistas e copeiras, por exemplo. Mas a solidariedade que os trabalhadores muitas vezes têm, e que nós entendemos que deve se expressar de forma coletiva, por meio de ações políticas de cobrança à CEF e às empresas, a caixa não tem de forma alguma.


Na verdade, a Caixa já sabe que estas empresas são inidôneas e exploradoras quando as contrata, tanto é que as escolhe pelo menor preço de prestação de serviços e conforme o modelo de terceirização, caracterizado pelo aviltante regime de trabalho e por salários e direitos baixíssimos. Esta opção, de deixar áreas fundamentais ao funcionamento dos bancos sob responsabilidade de empresas caça-níqueis, acaba levando a prejuízos aos clientes, insegurança e piores condições aos bancários, mas, principalmente, um sistema de trabalho vergonhoso, sob ameaças, pressões e suspensão de salários, a dezenas de milhares de servidores.


Lamentamos profundamente este total desrespeito com os trabalhadores. Estas empresas, de cujo crime a Caixa é cúmplice e co-responsável, exploram os trabalhadores e não respeitam a lei. Orientamos que os trabalhadores que não estão recebendo pelo seu trabalho não compareçam às unidades, pois quem trabalha sem receber é escravo. No entanto, essa resposta não pode ser tomada somente em âmbito individual, pois sabemos perfeitamente que, sem uma organização coletiva, a corda ssempre estoura primeiro nos mais fracos.


É preciso tentar garantir, seja por moções em assembleias, seja através de posicionamento das diretorias dos sindicatos de bancários em cujas bases tal problema ocorre, que todos os trabalhadores do sistema financeiro, em especial os bancários, que têm a maior organização, se solidarizem e exijam das Superintendências e áreas competentes da CEF a resolução imediata do problema, enquadradando a empresas descumpridoras dos contratos de trabalho e, por extensão, de prestação de serviço à Caixa.


A FNOB, através do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, dos Bancários de Base do RS, e dos demais colegas que repudiam esta situação, vamos pressionar diretamente a CEF, para que autue a empresa para imediato pagamento dos salários dos trabalhadores. Além disso, a sucessão de tais episódios Brasil afora só reforça a necessidade de pormos um fim à terceirização e garantirmos concurso público para copa/limpeza/segurança/telefonista, etc. A FNOB já tem esta bandeira e a greve que defendemos que se deflagre a partir de 22/09 deve ter este tema como parte importante das negociações que estabeleceremos.