Forma de remuneração do correspondente terá de estar em contrato.
Com concorrência, valor das comissões estava subindo, explicou BC.


O Banco Central vai começar a exigir, a partir de janeiro de 2012, que as formas de remuneração (comissões) dos correspondentes dos bancos que realizam operações de crédito consignado (desconto em folha de pagamento) e de crédito para compra de automóveis estejam estipulados nos contratos firmados, informou nesta quarta-feira (30) o chefe do Departamento de Normas da autoridade monetária, Sérgio Odilon dos Anjos.

A decisão, tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), visa garantir que as comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes sejam "viáveis financeiramente", explicou ele. "[As operações] têm que se explicar economicamente. O BC não vai olhar cada operação, mas os contratos têm de estar disponíveis para que o BC veja. Há um processo de fiscalização que vai olhar isso. Os bancos têm o maior interesse para que possam atuar e fazer novos contratos", disse Odilon dos Anjos.


Segundo ele, o Banco Central começou a observar que, em alguns casos, havia um "crescente aumento" das comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes nestas operações de crédito, por conta da forte concorrência, e avaliou que isso poderia começar a afetar a "viabilidade" econômica da operação.


"Começamos a perceber, e isto náo é disseminado, em algumas operações do crédito consignado, e devido à forte concorrência entre os bancos neste segmento, com spreads [composto pelo lucro, inadimplência, custos financeiros e tributos] reduzidos, uma ação destas pessoas que atuam no encaminhamento das propostas de crédito, fazendo crédito mais pela comissão do que pelo crédito. Queremos preservar a saúde das instituições financeiras e evitar o superendividamento da sociedade. Muitas vezes o cliente é levado na conversa para fazer uma operação", disse Odilon dos Anjos a jornalistas.


Segundo dados da autoridade monetária, das cerca de 2,5 mil instituições financeiras operando no Brasil no momento, mais de 1 mil bancos atuam no crédito consignado. Os números do governo mostram ainda que mais de 90% das operações de crédito consignado são fechadas por correspondentes dos bancos - que encaminham as propostas de crédito.


No fim de outubro, ainda segundo informações da autoridade monetária, o volume total de operações de crédito consignado estava em R$ 267,2 bilhões, com crescimento de 17,9%, ou R$ 35,5 bilhões, nos dez primeiros meses deste ano. No caso do crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas, o estoque total do crédito em mercado somou R$ 168,8 bilhões no fim de outubro, com alta de 20,3% no acumulado deste ano, ou de R$ 25,9 bilhões.



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Com concorrência, valor das comissões estava subindo, explicou BC.


O Banco Central vai começar a exigir, a partir de janeiro de 2012, que as formas de remuneração (comissões) dos correspondentes dos bancos que realizam operações de crédito consignado (desconto em folha de pagamento) e de crédito para compra de automóveis estejam estipulados nos contratos firmados, informou nesta quarta-feira (30) o chefe do Departamento de Normas da autoridade monetária, Sérgio Odilon dos Anjos.

A decisão, tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), visa garantir que as comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes sejam "viáveis financeiramente", explicou ele. "[As operações] têm que se explicar economicamente. O BC não vai olhar cada operação, mas os contratos têm de estar disponíveis para que o BC veja. Há um processo de fiscalização que vai olhar isso. Os bancos têm o maior interesse para que possam atuar e fazer novos contratos", disse Odilon dos Anjos.


Segundo ele, o Banco Central começou a observar que, em alguns casos, havia um "crescente aumento" das comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes nestas operações de crédito, por conta da forte concorrência, e avaliou que isso poderia começar a afetar a "viabilidade" econômica da operação.


"Começamos a perceber, e isto náo é disseminado, em algumas operações do crédito consignado, e devido à forte concorrência entre os bancos neste segmento, com spreads [composto pelo lucro, inadimplência, custos financeiros e tributos] reduzidos, uma ação destas pessoas que atuam no encaminhamento das propostas de crédito, fazendo crédito mais pela comissão do que pelo crédito. Queremos preservar a saúde das instituições financeiras e evitar o superendividamento da sociedade. Muitas vezes o cliente é levado na conversa para fazer uma operação", disse Odilon dos Anjos a jornalistas.


Segundo dados da autoridade monetária, das cerca de 2,5 mil instituições financeiras operando no Brasil no momento, mais de 1 mil bancos atuam no crédito consignado. Os números do governo mostram ainda que mais de 90% das operações de crédito consignado são fechadas por correspondentes dos bancos - que encaminham as propostas de crédito.


No fim de outubro, ainda segundo informações da autoridade monetária, o volume total de operações de crédito consignado estava em R$ 267,2 bilhões, com crescimento de 17,9%, ou R$ 35,5 bilhões, nos dez primeiros meses deste ano. No caso do crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas, o estoque total do crédito em mercado somou R$ 168,8 bilhões no fim de outubro, com alta de 20,3% no acumulado deste ano, ou de R$ 25,9 bilhões.



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Notícias

BC vai fiscalizar comissões pagas pelos bancos a quem faz consignado

30/11/11

Forma de remuneração do correspondente terá de estar em contrato.
Com concorrência, valor das comissões estava subindo, explicou BC.


O Banco Central vai começar a exigir, a partir de janeiro de 2012, que as formas de remuneração (comissões) dos correspondentes dos bancos que realizam operações de crédito consignado (desconto em folha de pagamento) e de crédito para compra de automóveis estejam estipulados nos contratos firmados, informou nesta quarta-feira (30) o chefe do Departamento de Normas da autoridade monetária, Sérgio Odilon dos Anjos.

A decisão, tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), visa garantir que as comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes sejam "viáveis financeiramente", explicou ele. "[As operações] têm que se explicar economicamente. O BC não vai olhar cada operação, mas os contratos têm de estar disponíveis para que o BC veja. Há um processo de fiscalização que vai olhar isso. Os bancos têm o maior interesse para que possam atuar e fazer novos contratos", disse Odilon dos Anjos.


Segundo ele, o Banco Central começou a observar que, em alguns casos, havia um "crescente aumento" das comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes nestas operações de crédito, por conta da forte concorrência, e avaliou que isso poderia começar a afetar a "viabilidade" econômica da operação.


"Começamos a perceber, e isto náo é disseminado, em algumas operações do crédito consignado, e devido à forte concorrência entre os bancos neste segmento, com spreads [composto pelo lucro, inadimplência, custos financeiros e tributos] reduzidos, uma ação destas pessoas que atuam no encaminhamento das propostas de crédito, fazendo crédito mais pela comissão do que pelo crédito. Queremos preservar a saúde das instituições financeiras e evitar o superendividamento da sociedade. Muitas vezes o cliente é levado na conversa para fazer uma operação", disse Odilon dos Anjos a jornalistas.


Segundo dados da autoridade monetária, das cerca de 2,5 mil instituições financeiras operando no Brasil no momento, mais de 1 mil bancos atuam no crédito consignado. Os números do governo mostram ainda que mais de 90% das operações de crédito consignado são fechadas por correspondentes dos bancos - que encaminham as propostas de crédito.


No fim de outubro, ainda segundo informações da autoridade monetária, o volume total de operações de crédito consignado estava em R$ 267,2 bilhões, com crescimento de 17,9%, ou R$ 35,5 bilhões, nos dez primeiros meses deste ano. No caso do crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas, o estoque total do crédito em mercado somou R$ 168,8 bilhões no fim de outubro, com alta de 20,3% no acumulado deste ano, ou de R$ 25,9 bilhões.